Existia apenas escuridão na Terra e só as estrelas pequenas é que brilhavam!
Mas havia também uma indiazinha que se chamava Lilandra e gostava de dançar em homenagem àquela estrelinha tão fraquinha e rosada que aparecia no céu.
Muitos índios não entendiam porque ela fazia aquilo. Eles achavam que ela estava provocando a ira dos deuses que davam comida e abrigo para a aldeia.
Uma reunião foi feita, inclusive com seus pais, e de novo seria severamente punida, pois ela estava colocando em risco toda a aldeia.
De nada adiantou alertá-la, pois ela continuava dançando e ainda dizia:
- Sabe...? Um dia aquela estrelinha será muito forte e vai iluminar todo o mundo! Isso irritou muito o chefe da tribo que decidiu puni-la afastando-a da aldeia.
Ela foi andando, e chorava muito. No meio da floresta ela parou, perto de um riacho. Seus olhos ainda lacrimejados. Olhou para a água e viu o reflexo da estrelinha.
Com uma tristeza enorme, ela pulou de encontro ao reflexo e nunca mais submergiu daquele riacho.
A noite começou a virar dia. Os índios, assustados, cantavam e dançavam para os seus deuses, procurando a salvação. Aos poucos, caíam... Pois estavam morrendo de calor e de sede. Aquela estrelinha agora tinha um brilho tão forte que os índios que olharam para ela ficavam cegos. Essa tribo desapareceu completamente, morta pela sua própria ignorância e falta de sensibilidade...
Lilandra ainda está com o Sol! É só fechar os olhos quando o Sol estiver bem forte e sentirá alguém passando por volta dele... Ela estará lá sempre, para proteger aquela estrelinha que nos dá luz e calor.
‘Brígida Brito’
sábado, 16 de fevereiro de 2008
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