Não nasci neste mundo. O meu país natal
fica além, muito além da terra triste e escura,
lá sob a paz de um céu de infinita docura,
onde não morre nunca a flor azul do Ideal.
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Misterioso país do Sonho e da Ventura
onde reina a Beleza absoluta e imortal
lá só chega o clamor deste mundo mortal
como o eco vão de um mar de vasa torva e impura.
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Triste, nos fins de tarde, eu vejo a flor das águas
As torres de ouro e a luz dessa cidade d'is
que no alto-mar do Sonho emerge dentre as fráguas...
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Senhor de um Reino ideal, eu me sinto feliz,
mas não disfarço a dor - quando esqueço outras mágoas -
de viver exilado em meu próprio país.
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