Certa vez, quando o Buda discursava, uma mulher de nome Kisa Gotami correu para ele em grande desespero.
Em seus braços carregava uma crinça. Pediu-lhe:
- Senhor eu vos imploro, dê-me um remedio para o meu filho.
Contudo estava visível que a criança já estava morta.
Kisa Gotami havia ficado louca de dor e desvairada carregava o cadáver da criança para onde ia. O buda ficou em silêncio por algum tempo. Em seguida ele disse:
- Se você quer a cura da criança traga-me uma semente de mostarda da cidade, mas tem uma condição. A semente de mostarda deve ser encontrada numa casa na qual ninguém tenha morrido.
Kisa Gotami correu para a primeira casa e perguntou:
- Pode dar-me uma semente de mostarda para que eu possa dar como remédio para o meu filho?
- Claro que posso.
- E já morreu alguém nesta casa?
- Ah! Sim, responderam - já morreram muitos.
Na próxima casa ela perguntou:
- Esta casa está livre da morte?
- Certamente não, responderam - já muitos morreram nesta casa.
Em todos os lugares a resposta era sempre a mesma.
Então Kisa Gotami sentou-se descansada e sua mente foi-se tornado calma. E ela saiu da aldeia e foi para o cemitério.
Enterrou a criança e pronunciou as seguintes palavras:
- "O que é verdade para a aldeia é verdade para a cidade. O destino dessas pessoas não é somente delas. É para todo o mundo, para os devas do céu. Esta verdade é imortal: todas as coisas têm que morrer".
sábado, 5 de maio de 2007
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