Alguém chora, sozinho, um choro igual
ao pranto que chorei em noite infesta
vazia de esperança,igual a esta,
quando termina mais um carnaval.
Alguém que chora o fim,por mais banal,
apega-se à esperança que ainda resta,
e à crença de que, um dia, volte a festa
dos abraços e beijos, tal e qual.
O carnaval termina. Na avenida,
deusas pagãs, volúveis e coquetes,
lançam beijos do amor de despedida.
Passou meu carnaval, não há vedetes
no carnaval do amor da minha vida,
sem beijos, serpentinas e confetes.
‘Ronaldo Cunha Lima’
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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