quarta-feira, 4 de junho de 2008

O SEU CLIENTE NÚMERO UM É VOCÊ MESMO!

Sempre que lhe vem á mente a idéia de se dedicar com mais afinco à tarefa de encantar e servir bem a sua clientela, você certamente se esquece de que o cliente que deve cativar todos os dias, em primeiro lugar, é você mesmo.
Estudiosos das relações interpessoais, psicólogos e psicanalistas já provaram que todo o ser humano possui como características fundamentais: o desejo de se sentir importante e a necessidade de ser apreciado, aceite e aprovado pelas pessoas que com ele convivem. Quando consegue abastecer-se dessa espécie de alimento para a sua integridade emocional, ele constrói em bases sólidas a sua auto-estima.
Você começa a construir a sua auto-estima a partir das suas primeiras interações com o mundo, ainda no berço. À medida que você sente que o braço o aconchego, os toques carinhosos dos seus pais representam atenção, aumenta a sua sensação de segurança.
Crescendo um pouco mais, você já começa a ser confrontado com os seus desejos e os desejos das outras pessoas. Você vai aprendendo que deve ter controle sobre os seus impulsos e que não pode fazer tudo o que quer, da forma que quer e na hora desejada. Se você foi bem suprido de apreciação e aprovação, por certo já possuirá uma boa base para ouvir os primeiros “nãos” de uma série de milhares, e aceitar as restrições, que paulatinamente lhe vão sendo impostas pelas pessoas da sua convivência: pais, irmãos, avós e amiguinhos.
O auge desse processo se dará na escola.
Se o seu processo inicial foi conduzido com êxito, você, mesmo não sendo uma criança tão bonita e inteligente como as outras da escola, sente-se seguro e vai tentar por todas as formas conservar na íntegra a auto-estima obtida. O seu comportamento entao pode ser muito agradável e o seu desempenho escolar muito melhor que os de outros colegas, mais inteligentes ou bonitos, mas que não tiveram por parte dos pais a mesma postura de aceitação e apreciação.
O relacionamento estabelecido entre filhos e pais nem sempre é satisfatório e, muitas vezes, deixa no ser humano seqüelas que perduram por toda uma vida. O melhor exemplo vem dos filhos criados para serem meros espelhos dos pais. Aqueles que lhes deram a vida não abrem espaço para verem aflorar a sua personalidade própria, ignoram os seus anseios e limitações e se recusam a ver as suas diferenças em relação àquilo que pensam. Criam, então pessoas que pautam toda a sua conduta, fundamentalmente, em função das reações dos outros. Se essa reação é favorável, sentem-se recompensadas, se é desfavorável, sentem-se punidas.
Auto-estima pode ser definida como a opinião e o sentimento que você tem por você mesmo. Ela está presente quando você se sente plenamente capaz de se amar, de se respeitar e de ter autoconfiança.
Como você pode identificar se sofre de baixa auto-estima?
Tente conversar consigo mesmo e responda se você se sente habitualmente vulnerável às criticas, frustrado, carente de atenção de outras pessoas. Sempre que erra, ainda que inadvertidamente, sobrevém a culpa, a vergonha, a sensação de ser julgado e rejeitado pelos demais. Examine-se e veja se a sua conduta é marcada pela excessiva timidez, insegurança, medo de se mostrar aos outros, de estabelecer um conversação descontraída e leve. As recusas das pessoas provocam em você um efeito devastador, gerando raiva e humilhação?
Sentimentos contraditórios movem aqueles que precisam reforçar a auto-estima. São pessoas que sentem uma vontade desmedida de agradar para se sentirem alvos da aprovação e do reconhecimento dos demais. Muitas são perfeccionistas, não admitindo sequer a hipótese de cometerem erros. Sentem-se inseguras, indecisas, muitas vezes deprimidas e despreparadas para enfrentar desafios. Ao mesmo tempo, para compensarem a sua enorme vulnerabilidade, escondem-se sob a capa do orgulho, da arrogância, da prepotência e buscam sempre rebaixar os outros. São aqueles que passam uma vida inteira conquistando inimigos, desafetos e fechando as portas atrás de si.
Identificando-se como alguém com baixa auto-estima, para imediatamente em busca do tempo perdido e aprenda a gostar de si mesmo. Inicie uma viagem para dentro de você e plante lá no fundo a sementinha da sua autovalorização.
Localize aquele sentimento de apatia e desanimo que toma conta de você impedindo-o de manter-se em forma, física e emocionalmente. Procure alimentar-se bem, corretamente, para conservar a sua saúde, afinal, você agora vai gostar mais. Faça exercícios, movimente-se; a vida é movimento. Aprenda a se olhar no espelho e a sorrir para aquele que você vê refletido lá.
Quando olhar para você e quando se auto-avaliar, tente mirar primeiro as suas qualidades, identifique-as. Depois, tente analisar as suas deficiências com objetividade, buscando eliminá-las do seu cotidiano. Lembre-se do passado, mas sem ressentimentos. Use as experiências que viveu como exemplos do que deve ou não deve ser repetido no presente e no futuro.
Trate-se melhor, dando a você mesmo mais amor e mais carinho. Acredite sinceramente que você merece essas coisas boas. Dê todos os dias a você mesmo coisas que o façam sentir-se feliz: sorrisos, elogios, abraços, descanso, lazer, música, leitura, dança, caminhadas ao ar livre, etc.
À medida que a sua auro-estima for crescendo novamente você perceberá que voltará a sua segurança ao se relacionar com as outras pessoas. Você passará a sentir-se mais á vontade e não constrangido diante de demonstrações de carinho e ao ser elogiado. Também não ficará tão suscetível às criticas como antes. Terá menos necessidade de aprovação dos demais, menos ansiedade, menos carências emocionais, mais flexibilidade, mais “jogo de cintura”, e melhor desempenho na carreira profissional.
Agora, você já estará mais pronto para construir relacionamentos saudáveis e prazerozos. Não estará buscando somente satisfazer aos outros. Você também busca a sua satisfação pessoal. Trace objetivos definidos, metas que dêem sentido à sua vida. Aprenda a se agigantar diante dos problemas, tornando-os pequenos. Agora você já não é mais aquela criança pequena, assustada e indefesa escondida do olhar acusador dos adultos.
Você hoje é alguém que cresceu e é importante! Você agora conquistou a paz e a harmonia e está preparado para encantar e cativar os seus clientes externos, clientes internos e clientes da vida, pois aquele que já está definitivamente conquistado é o seu principal cliente: você mesmo.

‘Rocha & Coelho’

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