Sóis frementes se espargem sobre as frontes Tornando a dor um gesto polissêmico. A terra está crestada, o ar endêmico; Brotam suores como brotam fontes. É delírio febril de mil amantes, É a face de um deus duro e polêmico, É a ira de um ser esquizofrênico Contra os sonhos de povos arquejantes. Mas, na terra de gente tão sofrida Onde a busca se faz em bruta lida Surge um raio de luz onde é sombrio. De surpresa cai chuva e surge a vida Fenecendo o calor de fero estio. E a terra, então crestada, entra no cio.
Barros Alves
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário