“Processo que marca uma nova fase na vida da mulher”
A menopausa acontece entre os 45 e os 55 anos d mulher, devido à falência dos ovários e o diagnóstico é feito depois de um ano sem menstruação. Pode acontecer antes dos 40 anos, mas neste caso, é considerada precoce.
A menopausa causa um impacto significativo no cotidiano da mulher. Mas, deve ser encarada como um processo natural e como uma nova fase de vida.
Quando o estrogênio e a progesterona deixam de ser produzidos pelo organismo, a mulher perde a capacidade de se reproduzir, pois estes hormônios são os responsáveis pela manutenção dos órgãos genitais femininos. Como são hormônios associados também a reações metabólicas que regulam o cálcio, o sódio, o potássio, a água e as gorduras, temos conseqüências imediatas, como o aumento da pressão arterial, o aumento de peso e a osteoporose. A perda de cálcio causada pela osteoporose acontece nos primeiros cinco anos da menopausa, com 3% a 5% de perda de massa óssea. As fraturas ósseas são a principal conseqüência desta doença.
Entre os principais sintomas físicos da menopausa, temos: sensação de fadiga, dores de cabeça, sensações súbitas de calor, suores noturnos, palpitações e ansiedade, propensão a infecções vaginais, secura vaginal, diminuição do tamanho da mama. Estas são as mais freqüentes. De todos eles, os calorões são os que melhor caracterizam a menopausa, e estão associados, em geral, a transpiração em excesso, pele avermelhada e taquicardia.
Psicologicamente, a menopausa está associada ao nervosismo, ansiedade, irritabilidade e depressão, entre outros.
Com a menopausa, a mulher fica sujeita a outras doenças como as cardiovasculares. Isso devido às alterações relacionadas ao colesterol, triglicerídeos, pressão alta, fumo, obesidade e o sedentarismo, que são os principais fatores de risco. A incidência de enfarte no sexo feminino apresenta um aumento significativo a partir dos 50 anos. E, a mortalidade é superior à causa por doenças cancerígenas. Aliás, com a menopausa crescem os riscos de câncer de mama, de útero e de ovário. É preciso ir ao genecologista e fazer exames de rotina com regularidade.
Muitas vezes, as mulheres não conseguem lidar com as mudanças emocionais que acontecem nesta fase da vida. Alguns sintomas, como os calorões, podem trazer conseqüências psicológicas. Costumam durar de 30 segundos até 5 minutos. Num período que pode se prolongar por até 5 anos. Como o estrogênio é uma das bases que regula o psicológico e o emocional da mulher, quando a sua produção cessa, há uma descompensação, causando irritabilidade e ansiedade. Também acontece a perda da libido, o que pode se tornar constrangedor para a mulher. Então, por não aceitarem essa fase, por não saberem lidar com as mudanças físicas e emocionais e com o fim da fase reprodutiva, elas podem entrar em depressão.
A menopausa pode ser tratada. A terapia de reposição hormonal seria uma das maneiras, mas tem sido amplamente combatida. A utilização do estradiol, que traz alívio dos sintomas e ao mesmo tempo evita a secura vaginal e a osteoporose oferece riscos, como o aumento do risco de câncer do endométrio, de acidentes vasculares e varizes, e de hipertensão.
O uso de isoflavonas vem sendo apontado como o tratamento mais suave e que respeita o equilíbrio hormonal da mulher. Componentes da soja, as isoflavonas ou fitoestrogênios, previnem, reduzem ou eliminam os sintomas da menopausa, leves e moderados. Previnem também os riscos de osteoporose e de doenças cardiovasculares, reduzem os calorões, o colesterol e a pressão alta. Com isto, promovem o bem estar emocional.
Cabe à mulher, junto com o seu ginecologista, determinar que tipo de tratamento deve seguir.
‘Epnews’
segunda-feira, 24 de março de 2008
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