Nenhuma saudade dos tempos em que fumar era charmoso e elegante!
Durante os anos 90, a competência dos programas de combate ao fumo, respaldada pela cumplicidade espontânea da mídia, produziu na sociedade uma marcante reversão de mentalidade, transformando o ato de fumar em algo feio e nocivo. O charme foi substituído por tosse e secreção; o mau-hábito e os dentes amarelos tomaram o lugar da elegância. Hoje, o tabagista é estigmatizado, tornou-se “persona non grata”.
Se a população incorporou essa visão do tabagista comum, o que dizer do médico que fuma? O profissional que deveria orientar essa mesma população a evitar o infarto do miocárdio, o enfisema pulmonar, o câncer de pulmão?
Qualquer observador atento vai identificar na atitude do colega fumante quatro pecados capitais: um péssimo exemplo para os seus pacientes; absoluta omissão no trabalho de informar e educar a comunidade sobre os malefícios do cigarro; desrespeito às leis vigentes que proíbem fumar em lugares inadequados (alguns cometem o absurdo de fumar no seu próprio ambiente de trabalho); exposição de pessoas saudáveis à nocividade da sua fumaça.
Deve-se admitir que se desvencilhar da nicotina não é tarefa fácil, mas é muito fácil hoje recorrer a métodos eficientes para largar o cigarro. Insistir em cometer todos esses pecados e ainda por cima “suicidar-se” lenta e CONSCIENTEMENTE é erro imperdoável.
‘Sebastião de Oliveira Costa – pneumologista’
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