segunda-feira, 24 de março de 2008

NINGUÉM

Ninguém meu amor ninguém como nós conhece o sol Podem utilizá-lo nos espelhos apagar com ele os barcos de papel dos nossos lagos podem obrigá-los a parar à entrada das casas mais baixas podem ainda fazer com que a noite gravite hoje do mesmo lado ninguém como nós conhece o sol Até que o sol degole o horizonte em que um a um nos deitam vendando-nos os olhos.

Sebastião Alba

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