segunda-feira, 24 de março de 2008

OS MAIAS – COLAPSO FINAL

Os confrontos militares entre Tikal e Calakmul, somados a outros fatores, levaram a civilização Maia à decadência.
A situação política da 1ª fase dessa civilização tem caráter fragmentário, por dedicar-se a cada cidade-estado, apenas, á vida do seu próprio núcleo. A 2ª fase, a do apogeu, expandiu-se a partir de Waca, para onde tudo convergia.
Os Governantes Maias queriam ampliar o seu poder até á cidade de Tikal, a mais importante da região central de Petén. A conquista aconteceu. A cidade derrotada, com o tempo, passou a desenvolver a mesma política expansionista do vencedor. E submeteu Calakmul ao seu domínio. Esta, por sai vez, assimilou, e muito bem, as idéias das duas cidades anteriores.
A destruição dos reinos rivais tornou-se o maior objetivo dessas potencias. Na prática, passaram a adotar a política de hostilidade, de conflitos por meio de batalhas sangrentas com intenso rastro de morte. Dessa forma, iniciava-se o caminho para a grande catástrofe: a fase da decadência.
O colapso começou na cidade-estado de Dos Pilas, próximo do Rio Pasión, ao sul de Cancuén. Cidade que fazia da guerra o meio de sobrevivência dos seus habitantes, pois dela surgia o direito de cobrar impostos às áreas circunvizinhas. A aliança alternada de Dos Pilas com Tikal e Calakmul foi marcada por destruições, por traições e até morte entre os membros da mesma família, na disputa pelo poder.
As intensas guerras entre as cidades-estado do império Maia tornaram-se alvos frágeis para os invasores. Uma a uma foi sendo eliminada do mapa da mesoamerica, como Cancuén, Palenque, Tikal, Calakmul, Uxmal, dentre outras.
Inexiste sobrevivente da civilização Maia. A sua história, entretanto, não foi destruída. As descobertas arqueológicas mostram os seus feitos, através das inscrições deixadas nos seus ricos monumentos, tais como o Templo das Inscrições (Palenque); Casa do Mago (Uxmal); o Paládio das Máscaras (Kabah), etc. São as brilhantes torres dos Maias, fincadas nessas terra, para sempre.

‘Onélia Queiroga’

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