Amar é alguma coisa que cresce dentro da gente, aos pouquinhos, sem que a gente consiga entender ou explicar. É um sentimento que faz com que o coração da gente bata amis forte, bata diferente quando se está com determinada pessoa. Alguma coisa que faz com que a gente esqueça do resto e queira ficar perto e sempre só com ela.
E a gente percebe que essa pessoa é a mais importante de todas e se vê pensando nela muitas vezes. Uma mistura de carinho, amizade, tesão, confiança, respeito. É acreditar que a gente é única pra essa pessoa e saber que ela acredita que é única pra gente. É confiar que essa pessoa não vai nos trair. É sentir que alguém compartilha da vida da gente, que se importa com o que a gente faz e que gosta que a gente também se importe com o que ela faz. Algumas vezes isso até pode ser confundido com cobrança, mas não existem cobranças quando duas pessoas compartilham um momento, uma alegria, uma vida.
É um sentimento de orgulho e respeito por quilo que a outra pessoa faz,pelo que ela é como gente. É ser capaz de enfrentar um mundo em defesa dessa pessoa, mesmo que para outras ela pareça não ser aquilo que você acredita que ela seja. Algumas vezes pode acontecer que a gente enxergue a pessoa da forma que a gente quisesse que ela fosse e transforme a realidade numa realidade nossa, talvez pelo amor que se tem por ela.
Amar não é apenas ter desejo sexual, que embora exista, não é a única coisa mais importante. Mas há que haver tesão e uma vontade enorme de estar um nos braços do outro, o bastante e o suficiente pra que não se sinta vontade de estar nos braços de outro alguém. Amor sem tesão, é uma grande amizade, apenas isso. E quando há apenas tesão, se dilui rapidamente por não haver cumplicidade, sentimentos envolvidos.
Amor é aceitação, mas não submissão. Se existe submissão não pode haver amor, cada pessoa mesmo extremamente apaixonada deve ter sua própria vontade, seus próprios desejos que são aceitos e se amoldam a alguém que ama. Amar faz com que a gente esqueça tudo que já passou e tenha vontade de enfrentar qualquer coisa. É uma entrega, um desvendar de mistérios que parece nunca ter fim. É não ter medo, nem receio de que nada não vá dar certo.
É se sentir mulher, criança, gente importante quando está com a outra pessoa e ter certeza que a outra se sente assim perto da gente. É ter vontade de rir de repente, sem muito motivo às vezes, e de chorar de um sentir repentino, é não ter vergonha do que se é, nem de como se é porque se sabe que isso não é tudo pra outra pessoa.
Amar nem sempre significa que é um sentimento que exista na pessoa que o coração da gente escolheu. E quando se sente isso, tenta-se lutar da forma que se sabe querendo conquistar o outro coração, com receios, medos, incertezas... É um amor que dói dentro da gente, é a gente se apega a um minuto de felicidade pra ter forças pra não desistir.
Nem sempre é um amor possível por circunstancias da vida talvez, por dificuldades difíceis de se superar, e quando se sabe disso é um sentimento angustiante. Sofrido, por não se saber como arrancar de dentro da gente aquilo que se enraizou e teima em não sair de lá, embora não se ache caminhos nem soluções.
Existe um outro amor, um sentimento de amor não conhecido antes da era do computador, o amor virtual. Algumas vezes tão ou mais forte que um amor real e não menos real porque envolve pessoas que são gente e através do seu computador se apaixonam por alguém.
É alguma coisa diferente que faz com que as pessoas que algumas vezes nunca se tocaram tenha sensações reais e sintam falta da outra pessoa e inexplicavelmente um amar surge do nada e mexe com o coração da gente e faz a gente pensar: o que é o amor afinal?
O que é amar?
‘Brígida Brito’
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