terça-feira, 4 de março de 2008

OS MAIS: APOGEU E DECLINIO

O estudo da civilização Maia engloba três períodos: o pré-clássico (de 500 a.c. a 250 d.c.); o clássico (de 250 d.c a 900); o pós clássico (de 900 a 1512), encerrando-se com a chegada dos espanhóis.
A esplendorosa cultura Maia foi guardada no cenário das florestas do México e da América Central. Uxmal, centro urbano situado na Península de Yucatán, foi o que registrou, por mais longo tempo, a prosperidade do período clássico. A Casa das Pombas lá construída, no século IX, encanta por sua preciosas estrutura.
Os poderosos sacrais dos soberanos Maias, os Kuhul Ajaw, eram garantidos pelas divindades. Atuavam, assim, como Xamãs, para decidir questões religiosas e ideológicas; e como governantes, para liderar os súditos na guerra e na paz.
O pólo centralizador dos poderes dos Maias era Tikal, cujos domínios se expandiram a outras regiões como Palenque, Uaxactún e Copán. Esta ultima pertence, atualmente, ao trerritorio de Honduras, sendo o fundador da sua dinastia Kinich Yax Kuk Mo, o Arara Quetzal Reluzente.
Todos os impérios que existiram vivenciando esse ciclo cronológico. O derradeiro, o do declínio, ocorre sempre pela ação de outras forças dispostas a desafiá-los. Tikal não escapou à regra geral, no século VI, porque os poderosos de Calakmul decidiram lutar por sua própria expansão e enfrentar a cidade inimiga.
A rivalidade entre essas duas cidades foi a responsável pela divisão do império Maia, provocando guerras sangrentas e cruéis, com perdas incalculáveis para os dois lados. Perdas não somente de ordem natural, como querem alguns, mas, segundo estudiosos, oriundas de vários problemas, como superpopulação, danos ambientais, fome e seca.
Essas situações subsistiram por dois séculos. A raiz de todos esses males encontra-se na ganância e ostentação refletidas nos rituais e cerimônias religiosas, nas festas da corte, nas artes e arquiteturas opulentas, nos registros de suas glórias. O apogeu orgíaco cegou a elite Maia, impedindo-a de enxergar quão próximo estava o fim dessa grande civilização.

‘Onélia Queiroga’

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