quarta-feira, 30 de abril de 2008

AUSÊNCIA BREVE

Nada sei dessa angustia que me invade
desde que ela se foi, daquela hora
quando disse até breve e foi embora
deixando um não sei quê de ansiedade.

A casa está menor, pela metade,
parece até que nela ninguém mora.
A rede, no terraço, lá fora,
de quando em vez balança de saudade.

Nada sei de meus olhos de mendigo
dessa dor sem doer, mas eu predigo
ser coisa de feitiço ou de landum.

Já não durmo, parece até cstigo:
sinto sono e me deito e não consigo,
nessa cama de dois, faltando um.

‘Ronaldo Cunha Lima’

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