quinta-feira, 10 de abril de 2008

QUANDO O AMOR VIRA AMIZADE…

Creio que todo o casal, em algum momento da relação já se perguntou: “será que eu realmente mo esta pessoa ou estou com ela apenas porque já me acostumei?”
Ou seja, a dúvida parece reincidir sobre dois sentimentos que aparentemente exigem posturas diferentes: amor e amizade. Porém, creio que alguns conceitos necessitem de certa reflexão.
Se podemos nos apaixonar por um amigo, supomos que amizade e amor podem ter íntima correlação. Se podemos nos tornar amigos de quem amamos, a afirmação continua valendo. Isto é, podemos acrescentar amor à amizade e amizade ao amor.
Mas por que, em muitos casos, quando uma pessoa se questiona sobre o fato do amor ter-se tornado amizade, fica a impressão de que algo se perdeu? Fica a sensação de que falta alguma coisa, de que foi subtraído da relação o mais importante? Será?
Claro que buscamos o despertar de sentimentos peculiares quando decidimos nos entregar a uma relação amorosa. Paixão, excitação e palpitação não combinam com as relações que vivemos entre amigos. Espera-se que no ‘grande encontro’ haja mais do que a paz que pode ser encontrada num ombro companheiro.
Espera-se que haja desejo. Muito em. isso é verdade. Mas qual é o prazo de validade da paixão? Qual é a função desse fogo que parece nos consumir e nos movimentar no auge da sua envolvência. Será possível viver nesta ardência por toda a vida? Será construtivo?
O que quero dizer na verdade, é que a base de uma relação de amor, especialmente com o tempo, a dedicação e a construção de uma vida em comum, vai ganhando mais em amizade e permitindo que se apague, de forma saudável e necessária, o fogo da paixão. E é absolutamente preciso que seja assim, acredite!

‘Rosana Braga’

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