Meu corpo está completo, o homem - não o poeta.
Mas eu quero e é necessário
que me sofra e me solidifique em poeta,
que destrua desde já o supérfluo e o ilusório
e me alucine na essência de mim e das coisas,
para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro,
trazer-me à tona do poema
com um grito de alarme e de alarde:
ser poeta é duro e dura
e consome toda
uma existência.
Nauro Machado
quarta-feira, 14 de maio de 2008
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