Qual alvo tisne, a lua tinge a noite em tons argênteos, grises, plúmbeos, brancos. A escuridão se esquina e cinge os flancos, mal traçando o recanto em que se acoite. O luar, com mãos de seda, audácia e zelo, retira à noite o véu que a cobre espúrio; e ilumina, de lilás a purpúreo, tudo o que ao sol vai do azul ao vermelho. À lua, o chão rural é mais bucólico e o mundo urbano é um tanto mais insólito do que revelam ser à luz do sol? Talvez... Assim, qual lua, sem luz própria, do corpo da poesia o poeta é cópia — sinal especulado do farol.
Luís Antonio Cajazeira Ramos
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