quarta-feira, 28 de maio de 2008

TRANSFORMAÇÃO...

Peixe na linha, rima de pescador. Encontro de águas e arco-íris. Rio quebrado nas voltas dos olhos, no piscar dos barcos, na manga de chuva. Perpetuado no mormaço da existência. Os olhos observam o ritmo: na rima quebrada de peixe fugido, na desalegria de morte escapada, na deselegância de mesa-objeto, sem pão. O rio continua no riso pálido do pescador extático, no hiato das culturas, na incontinência dos jovens poetas. Linha, água. Peixe, anzol. Pescador.

Francisco Perna Filho

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