terça-feira, 6 de maio de 2008

A ILHA DO LAGO DE INNISFREE

Erguer-me-ei e partirei já, e partirei para Innisfree, E uma pequena cabana içarei lá, de barro e vime feita: Nove alas de feijão aí terei, uma colmeia de obreiras e Viverei sozinho entre enxames nas clareiras. E aí terei uma certa paz, porque a paz vem lentamente, Caindo pelo véu da manhã, até onde o grilo canta; Onde a meia-noite é trémula, e o meio-dia é roxo brilho, E a noite, de asas de pardais se completa. Erguer-me-ei e partirei já, porque sempre noite e dia Escuto a água do lago folheando murmúrios na rebentação; Quanto vou pelas estradas ou pelos passeios cinza, Oiço-a no lúmen profundo do coração.

William Butler Yeats

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