(...) habitamos casas vegetais: nada perdura além de um vento seco e da morte periódica não há uma pedra que nos testemunhe, nem nós mesmos testemunhamos: deixamos que nos vejam e eles não se confrangem há uma soleira para cada dívida: não temos dúvidas nem certezas: nem isso temos esta é a porta por onde não passará: foram feitas assim as tuas portas, apenas símbolos de uma coisa aberta este é o teu gole quente para dormir com sede não terás a semente e estará vazia a tua rede entre dois paus, ao céu aberto armarás a espera e a esperança: não te pertence o céu e nem a caça te conhece: voltarás vazio ao teu terreno de aluvião no meio do mar que não existe que pena não terem marcado em teu flanco mesmo com fogo, um sinal de posse, que te deixasse possuir o duradouro das marcas de tua vida dos sonhos de tua morte!
Álvaro Pacheco
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