sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

“OS QUADRANTES DA VIDA”

O ser humano está sempre em processo de evolução. A cada instante, um novo desafio o impulsiona, forçando-o a buscar novas soluções, novos caminhos. Cada vez que obtém êxito, o homem se fortalece, conquista novas habilidades e vai adquirindo consciência sobre o processo de aprendizado e de transformação pessoal.
Verdadeiras transformações costumam ocorrer a partir de uma insatisfação, de uma necessidade não resolvida. O fracasso, na verdade, é uma alavanca para o sucesso. Na historia da evolução do homem, é fácil perceber essas alavancas, pois a partir das necessidades como alimentação e abrigo e procriação, por exemplo, o homem pré-histórico chegou ao que é hoje.
Ter consciência dos fatos externos e internos que influenciam o processo de transformação é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. E para que haja progresso, é preciso implementar ações em todas as áreas da vida, tendo sempre em mente o equilíbrio, pois tudo é interligado. A vida é uma só. Não existe profissional sem pessoal nem corpo sem mente, por exemplo.
A abordagem da vida em quatro áreas distintas, porém não separadas, foi apresentada por Karen Wilber, filosofo norte-americano e precursor dos Estudos Integrais. Nesse estudo, as quatro áreas ou os Quadrantes são denominados: eu, nós, isto e istos. Eu refere-se ao que está se passando, dentro de você, seus pensamentos, suas impressões, etc. Nós está relacionado ao seu corpo e cérebro, as suas sensações, a sua saúde, etc. Isto representa a cultura em que você está inserido e Istos reflete a sociedade em que você vive.
Nessa jornada transformacional, a cada ciclo completado com êxito, há o despertar da sua consciência e o homem passa a ter uma visão nova e mais abragente da sua realidade, passando para outro estagio de consciência.
Há diferentes graus de avaliação da consciência. Clare W. Graves, professor de Psicologia do Union College, em Nova York (EUA), descreveu o processo da evolução do homem num sistema que ficou conhecido como “modelo gravesiano”, do qual Ken Wilber se valeu para desenvolver o seu estudo sobre os Quadrantes. Outros autores também trabalharam com o modelo gravesiano. Don Beck e Chris Cowan estabeleceram uma correspondência cromática para os graus de evolução definidos por Clare Graves e dispuseram as cores (cada uma representando um grau de evolução e de consciência) numa espiral, por ser a forma gráfica que melhor permite visualizar o processo evolutivo.
A espiral evolutiva começa com o Bege, representando o nível primordial da consciência humana; vai para o Roxo, que remete à vida em tribos; passa para o Vermelho, marcando a impulsividade e a forte presença do ego; evolui para o Azul, mostrando o espírito de sacrifício, obediência e retidão; e prossegue no Laranja, que revela o gosto pelo poder, a competitividade e a autonomia. Em seguida, temos o Verde, revelando necessidade de harmonia entre o homem e a natureza; o Amarelo, indicando flexibilidade para agir diante de situações paradoxais; e o Turquesa, apontando para indivíduos com um complexo grau cognitivo.
No mundo, convivem pessoas pertencentes a todos os graus da escala cromática. Mendigos (bege), índios ou tribos africanas (roxo), ladrões ou assassinos (vermelho), operários ou camponeses (azul), gerentes ou lideres (laranja), agentes do Greenpeace (verde) e assim por diante – todos se encontram em processo de evolução.
Comecei este artigo dizendo que o homem é um ser em evolução. Portanto, se você quer não apenas acompanhar a sua espécie, mas se destacar, invista no seu crescimento, avalie a sua vida pessoal, social e profissional e surpreenda, fazendo a diferença no mundo!

“Lair Ribeiro”

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